Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz
Coautoria de Carlos M. Teixeira e Mariza Machado Coelho em parceria com Ø Arquitetos (Filipe Pederneiras Haiko Cirne, Marcos Franchini e Thiago Bandeira de Melo); imagens 3D por Ø Arquitetos
Introdução
Nosso primeiro impulso para a caracterização da nova estação brasileira é a escolha do branco como a cor predominante no exterior do conjunto. Esta escolha responderá ativamente para a exposição de um deliberado mimetismo objetual vis-a-vis a paisagem, buscando uma inserção criteriosa no terreno e evitando-se a óbvia afirmação nacional através da utilização massiva das cores da bandeira do País. Não se trata, entretanto, de ingenuamente ocultar a importante presença do Brasil, mas sim de tornar sua apreensão mais sofisticada, buscando uma arquitetura sensível à realidade natural encontrada, fortalecendo a imagem “soft power” do Brasil, e propondo uma extensa simbiose entre arquitetura e paisagem.
Forma e Crescimento
Com relação à forma e ao esquema compositivo proposto, orientamo-nos para a formulação de um “organismo arquitetônico” modular cujo potencial de adaptação e crescimento, associado a parâmetros biológicos, vê a natureza como um ponto de partida fundamental para a articulação espacial, a flexibilidade de crescimento e a forma da estação. Pretende-se que o conjunto, por sua forma aberta e não linear, caracterize-se mais como uma pequena cidade orgânica do que como um edifício: uma arquitetura onde um módulo a mais é perfeitamente incorporado na (e incorporável à) composição inicial, e onde a possibilidade de multiplicação já está embutida no DNA inicial do projeto.
Arranjo espacial e modularidade
A estação será composta de unidades idênticas (ou células) organizadas inicialmente na porção posterior do terreno edificável. Esta condição permite que se crie autonomias em relação aos grupos de usos e ambientes previstos no programa, cujos setores principais – operações, laboratórios e sociais/privativos -, podem ser sub-agrupados a partir de um denominador comum, em unidades de 360m2.
Brazilian Antarctic Station Comandante Ferraz
Co-authored by Carlos M. Teixeira and Mariza Machado Coelho in partnership with Ø Arquitetos (Filipe Pederneiras Haiko Cirne, Marcos Franchini and Thiago Bandeira de Melo); 3D images by Ø Architects
Introduction
Our first impulse for the conceptualization of the new Brazilian station is the choice of white as the predominant color in the exterior cladding of the building. This choice will respond actively to the translation of a deliberate object mimicry vis-a-vis the landscape, seeking its careful insertion on the ground and avoiding the obvious national affirmation through the massive use of the country’s flag colors . We do not aim, however, to naively hide the important presence of Brazil in this continent; but rather to make its apprehension more sophisticated, seeking an architecture sensitive to the existent natural reality, strengthening the country’s "soft power" image, and proposing a friendly and rich symbiosis between architecture and landscape.
Form and Growth
As per the form and compositional proposed scheme, we designed an "architectural body" which modular potential for growth and adaptation, associated with biological parameters, sees nature as a fundamental starting point for articulating space, achieving the necessary growth flexibility and managing the shape and character of the station. It is intended that the assembly, due to its open and nonlinear form, resembles more an organic small town than a building: an architecture in which an additional module is fully incorporated (and incorporatable) in the initial composition, and where the possibility of multiplication is already built into the project’s DNA.
Spatial arrangement and modularity
The station will consist of identical units (or cells) arranged initially in the posterior portion of buildable plot. This condition allows us to create a certain autonomy in relation to the program’s groups of uses and environments, and whose main sectors -operation /maintenance, laboratories, and social/private uses – may be sub-grouped from a common denominator in 360m2 units.