Direção artística: Paulo Pederneiras; coordenação: Fernando Maculan; curadoria: Fernando Maculan, Francisca Caporali e Ricardo Portilho.
Em pouco mais de 100 anos, o território planejado para a nova capital de Minas Gerais, inscrito na avenida do Contorno, passa a representar menos de 5% da superfície de Belo Horizonte. Em meio a esta brutal expansão urbana, o Parque Municipal, principal área verde e espaço coletivo na região central da cidade, tem sua área reduzida para 60% da área inicial, cedendo espaço ao desenvolvimento viário e imobiliário.
O projeto Noite Branca, assim como uma série de outros eventos e intervenções temporárias que vem se tornando cada vez mais frequentes, surge como uma possibilidade de inversão de modelos de uso do espaço urbano, devolvendo, em certo modo, a cidade aos habitantes. O local escolhido para a realização da primeira edição é o Parque Municipal, onde está inserido (ainda que isolado por grades) o Palácio das Artes, mais tradicional e importante complexo cultural da cidade. Durante uma noite inteira, a avenida Afonso Pena foi parcialmente fechada para o trânsito de veículos, o parque e o Palácio das Artes foram abertos à visitação pública, proporcionando uma experiência noturna e ampliada destes ambientes, mediada por diversas proposições e intervenções artísticas.
Um trecho de 50m da grade que separava o Palácio das Artes, junto ao gramado, foi removido provocando o início de uma reintegração:o teatro dentro do parque, como imaginou nos anos 40 o arquiteto Oscar Niemeyer.
www.noitebrancamg.com.br
X Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Artistic direction: Paulo Pederneiras; coordination: Fernando Maculan; curatorship: Fernando Maculan, Francisca Caporali and Ricardo Portilho.
In not much more than 100 years, the allotted land planned for the new capital of Minas Gerais state, encircled by Contorno avenue, now represents less than 5% of Belo Horizonte’s total area. During this huge urban expansion, the City Park – the main green and collective space in the downtown – has had it’s surface reduced to 60% of the original one, losing space to traffic and real estate development.
The project 'Noite Branca', in parallel with a series of other events and temporary interventions, which have occurred with increasing frequency, gave rise to the possibility of inverting the conventional use of the urban space, giving back, in a certain way, the city to it’s inhabitants. The place chosen to hold the first edition was the City Park, where 'Palácio das Artes', the city's most relevant cultural complex, is located (though it is separated from the green area by fences). Throughout an entire night, Afonso Pena’s avenue was partially closed to cars and buses, ‘Palácio das Artes' and the park were opened to the public, allowing a lively nocturnal experience, mediated by a diverse range of artistic interventions and performances.
A fifty meter section of the fence between the cultural complex and the park was removed, marking the beginning of a re-integration - the theater becoming once again an integral part of the park, as originally envisaged by the architect Oscar Niemeyer in the 40s.
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