In October 2017 I was invited to participate in a series of lectures and discussions entitled "Architecture for non-architects", held by GUAJA in the mansion of Sapucaí street during the event CASACOR Minas, alongside with Ana Paula Baltazar, Carlos Teixeira and Facundo Guerra. We developed different approaches about the theme "Where will you live in 2050?", which had reflected the interests, fields and modes of the professional and academic performance of every each one of us.
In my case, I took the opportunity of my involvement in some ongoing projects such as the REMEXE upcycling workshop and the renovation of the Lá da Favelinha Cultural Center, and I took along the question to the residents and visitors of Aglomerado da Serra. This initiative has brought to light a number of positive, and often surprising, perspectives on the way of life in favelas and what this type of community has to teach to other parts of the city, especially the most central and economically valued.
The answers revealed singular aspects about this territory as is the value of the use attributed to the real estate; the managements shared by its inhabitants; the cooperation in the joint efforts in order to build houses; the community life, with open doors and children playing in the streets; the coexistence of diverse groups; the identity of local culture and entrepreneurship; the awareness that the favela has its own values and does not want to be swallowed up by external models.
Em outubro de 2017 fui convidado para participar da série de palestras e discussões intitulada “Arquitetura para não arquitetos”, realizada pelo GUAJA no casarão da Rua Sapucaí durante a CASACOR Minas, ao lado de Ana Paula Baltazar, Carlos Teixeira e Facundo Guerra. Elaboramos diferentes abordagens para o tema “Onde você vai morar em 2050?”, o que refletiu os interesses, campos e modos de atuação profissional e acadêmica de cada um de nós.
No meu caso, aproveitei a oportunidade de meu envolvimento em projetos em curso como a oficina de upcycling REMEXE e a reforma do Centro Cultural Lá da Favelinha, e levei a pergunta a moradores e frequentadores do Aglomerado da Serra. Essa iniciativa trouxe à tona uma série de perspectivas positivas, e muitas vezes surpreendentes, sobre o modo de vida nas favelas e o que esse tipo de comunidade tem a ensinar para outras partes da cidade, especialmente as mais centrais e economicamente valorizadas.
As respostas revelaram aspectos singulares deste território como o valor de uso atribuído aos imóveis; as gestões compartilhadas por seus moradores; a cooperação nos mutirões para construção das casas; a vida em comunidade, com portas abertas e crianças brincando nas ruas; a coexistência de grupos tão diversos; as identidade da cultura e do empreendedorismo local; a consciência de que a favela tem seus próprios valores e que não quer ser engolida por modelos externos.